“Hoje, as pessoas estão tão estressados que, quando vão ao médico, começam a tomar um monte de medicamentos. Vejo que a própria população está descontente com isso e quer buscar uma solução não medicamentosa”, avalia o acupunturista André Tsai, presidente do Colégio Médico de Acupuntura de São Paulo. Ele pondera que a técnica chinesa “não vai tratar tudo”, mas melhora o estado da pessoa, ainda mais quando unida à medicina ocidental.
Terapia complementar disponível no Sistema Único de Saúde, a acupuntura faz parte da medicina tradicional chinesa, que busca compreender cada indivíduo em sua totalidade. Segundo essa vertente, as doenças são causadas por desequilíbrios entre o yin e o yang, cujos fatores são climáticos, emocionais e de estilo de vida, explica Tsai.
Uma vez que o estresse desencadeia sintomas como insônia, dor de estômago, falta de concentração e fadiga crônica, por exemplo, o acupunturista vai analisar cada indivíduo e aplicar um tratamento específico. Aqui, entram os pontos energéticos em que serão aplicadas as finas agulhas.
Nas primeiras abordagens, Tsai afirma que pode-se usar pontos genéricos que servem para todos os tipos de estresse. Chamado de ‘abertura dos quatro portões’, o protocolo foca em quatro pontos bilaterais, nas mãos e nos pés, que vão se ligar ao intestino grosso e ao fígado. Além desses, coloca-se uma agulha em um ponto extra, no meio das sobrancelhas, que engloba cabeça e pescoço.
Conforme o tratamento for avançando, há pontos específicos para pessoas que sofrem com baixa concentração, problemas gástricos ou dores musculares. “A acupuntura trata estresse, ansiedade, distúrbios do sono, mas é um tratamento que tem de resgatar a causa da desarmonia entre yin e yang, é preciso identificar o causador do desequilíbrio”, diz Tsai.
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